FC Porto em fúria: três jogos em sete dias antes de enfrentar o Benfica

FC Porto indignado: três jogos em sete dias e um clássico à espreita
O calendário voltou a dar dor de cabeça ao FC Porto. O clube azul e branco contestou duramente o reagendamento da partida frente ao Arouca, da 7.ª jornada da Liga Portugal Betclic, que passou de 28 para 29 de setembro. À primeira vista, parece apenas uma mudança de data. No entanto, o ajuste empurra os dragões para uma maratona competitiva de três jogos em apenas sete dias, culminando com o sempre eletrizante clássico contra o Benfica, marcado para 5 de outubro.
Um “episódio triste” para o futebol português
Em comunicado oficial, o FC Porto não poupou críticas. O clube fala em “um triste episódio que envergonha o futebol português”, lembrando que a Feira das Colheitas, evento tradicional que ocorre em Arouca todos os meses de setembro, já era previsível. Para os dragões, houve falta de planeamento por parte da Liga Portugal, do FC Arouca, da Câmara Municipal de Arouca e até das autoridades de segurança, que deveriam ter antecipado o problema antes do sorteio realizado a 4 de julho.
O dilema do calendário
A questão vai além da simples troca de datas. O Porto está envolvido na Liga Europa e já lida com um calendário denso. A alteração forçou a equipa de Francesco Farioli a encarar um cenário de desgaste físico e logístico. O clube chegou a sugerir que o jogo fosse adiado para 30 de outubro, mas a proposta foi recusada pelo Arouca, que acabou por marcar o encontro para 29 de setembro, decisão depois homologada pela Liga.
Esta escolha, segundo os portistas, foi feita de forma unilateral, sem considerar o impacto direto na preparação da equipa.
A pressão antes do clássico
No futebol, nada acontece por acaso, e os adeptos já sentem que a sequência poderá pesar no rendimento da equipa. Com três partidas num curto espaço de tempo, a gestão do plantel torna-se essencial. O clássico frente ao Benfica, agendado para o Estádio da Luz, ganha contornos ainda mais desafiantes: além da rivalidade histórica, o desgaste físico pode ser um adversário extra.
Para os dragões, a situação soa a injustiça competitiva, colocando em risco a igualdade de condições na luta pelo título.
O lado do Arouca
Do outro lado, o Arouca procura manter o foco no seu caminho, recusando abrir exceções ao calendário. A decisão de jogar a 29 de setembro foi justificada pela necessidade de ajustar o encontro às festividades locais. Apesar de não ter sido a solução ideal para o FC Porto, a Liga Portugal deu o aval e oficializou a nova data.
Ainda assim, esta divergência abre espaço para debate: até que ponto eventos externos devem influenciar diretamente a programação desportiva de uma competição profissional?
O que esperar daqui para a frente
Com a bola prestes a rolar, a polémica promete prolongar-se fora das quatro linhas. O FC Porto já deixou claro que não vai esquecer este episódio, usando palavras fortes que ecoam na opinião pública. Os próximos jogos mostrarão se a contestação se traduzirá também em rendimento dentro de campo.
Para já, Farioli terá de usar toda a sua “cartilha tática” para rodar o plantel e evitar surpresas. Afinal, como se costuma dizer no futebol, quem quer ser campeão não pode escolher jogos — mas pode, e deve, reclamar condições justas.