Braga em alerta: Gharbi pode estar de saída e futuro gera dúvidas no Minho

Um talento em rota de colisão
No SC Braga, nem todos os ventos sopram a favor. Ilyes Housni Gharbi, jovem extremo formado no PSG e considerado uma das maiores promessas da sua geração, pode estar de malas feitas. Fora da convocatória frente ao Alverca, a ausência coincidiu com rumores vindos de França que o apontam à porta de saída. O Anderlecht surge como principal interessado, mas há também clubes atentos na Escócia e Espanha.
Pouco espaço no onze
Apesar de ter mostrado flashes de qualidade, Gharbi não tem conseguido afirmar-se no plantel bracarense. Nas seis partidas oficiais desta época, somou apenas 75 minutos em campo, dos quais uma única vez como titular. Carlos Vicens, treinador minhoto, parece não contar com o espanhol como prioridade, dando preferência a outras opções, como Gabri Martínez. Para um jogador que procura continuidade e evolução, esta falta de minutos começa a pesar.
Contrato longo, cláusula pesada
A situação contratual complica ainda mais a equação. Gharbi tem vínculo com o Braga até 2029, protegido por uma cláusula de rescisão de 35 milhões de euros. Contudo, metade dos direitos desportivos ainda pertencem ao PSG, o que significa que qualquer saída definitiva obriga a dividir dividendos com o clube francês. Esta particularidade pode travar interessados ou levar a negociações mais criativas, como um empréstimo com opção de compra.
Números da primeira época
Na temporada de estreia em Portugal, Gharbi somou 35 jogos, marcou quatro golos e registou quatro assistências. Estatísticas respeitáveis, mas que não chegaram para consolidar o estatuto de titular. O talento é inegável, porém, a irregularidade tem sido a sua maior adversária. Para os adeptos, a sensação é clara: fica a ideia de que o jogador pode dar muito mais do que mostrou até agora.
Olhos postos no mercado
O mercado está atento e o Braga não fecha a porta a negociações. Segundo informações recolhidas nos corredores minhotos, o clube até admite ouvir propostas, mas a grande incógnita é em que moldes isso acontecerá. Venda definitiva? Empréstimo? Ou apenas uma cedência estratégica para dar rodagem ao extremo? Até ao fecho da janela de transferências, tudo pode acontecer.
A voz do balneário
Enquanto os rumores circulam, dentro do balneário respira-se cautela. Gharbi mantém-se profissional, mas sabe que o seu futuro está em aberto. Carlos Vicens, por sua vez, reforça a aposta em jogadores que se enquadrem melhor no modelo atual, deixando a mensagem de que ninguém tem lugar garantido por nome ou estatuto. No futebol, como se costuma dizer, “quem não joga, não mostra”.
O que está em jogo
Para o Braga, a gestão deste caso vai muito além do relvado. Trata-se de equilibrar finanças, garantir competitividade e manter a harmonia no grupo. Uma saída mal calculada pode custar caro; uma permanência sem utilização também não serve a ninguém. Entre o risco e a oportunidade, a decisão precisa ser rápida e estratégica.